sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Se pensar bem...

Há poucos instantes li um *artigo muito interessante sobre divórcio no Brasil. Deixando de lado os dados estatísticos e as causas mais comuns que levam casais a separarem-se, quero comentar sobre algumas razões que não são mencionadas, mas que fazem parte do menu daqueles que optaram ou estão no caminho do fim do relacionamento.

Muitos casamentos terminam porque as partes não cedem. Cada um fica imaginando estar com a razão, e aí surge um segundo problema, pois quando eu afirmo que estou certo, também afirmo que o "outro" está errado. Aliás, essa dualidade certo-errado é um problema terrível! Mas, deixemos para comentar sobre isso em outra oportunidade. A questão é: se um lado não cede, ou ambos não cedem, não resta dúvida que o casamento vai mesmo terminar, e nessa quebra de braço não há vencedores. Aliás, já foi dito por alguém que nenhum casamento termina por responsabilidade de apenas um dos cônjuges. Em geral, aquele que julga-se estar "certo", tem tanta ou mais parcela de contribuição que o outro.

Respeito a decisão de quem deseja o divórcio, e sempre procuro trabalhar na direção que a pessoa escolha, mas sou pela manutenção do casamento, claro, com uma boa revigorada; isso envolve renúncia, respeito, revisão de metas e valores, além dos valhos ingredientes já conhecidos, que são Amor, Companheirismo, Cumplicidade, Tesão, etc.

Um grande número de relacionamentos chega ao fim por falta de comunicação, ou por comunicação inadequada. Os cônjuges precisam entender que têm diante de si um outro ser humano, o qual pode ter errado, magoado ou feito um zilhão de coisas que lhe desagradou, mas é uma pessoa, e como tal merece respeito e atenção. Vale lembrar que, mesmo na guerra, os adversários mantém uma linha de comunicação. Que os casais lembrem-se disto, e preservem o canal de diálogo, mesmo com as diferenças.

Em geral as pessoas que saem de um casamento em busca de realização em uma nova relação, deixando para trás situações mal resolvidas, acabam frustrando-se e terminando o novo affair mais cedo do que imaginava. Se se vai divorciar, que o faça, mas sem deixar resquício de situações inacabadas. A própria consciência agradece.

*http://www.clube700.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=162&Itemid=30

Nenhum comentário: